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Missa e grandiosa carreata com a relíquia de São Luiz Orione

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Missa e grandiosa carreata com a relíquia de São Luiz Orione

Reynaldo Felix

O dia de ontem, terça-feira(04), foi inesquecível para os fiéis da comunidade Nossa Senhora do Carmo, na vila São Braz em Dourados. Pela manhã e parte da tarde louvor e show musical. Às 17h foi celebrada a santa missa, na presença da relíquia de São Luiz Orione. O relicário que transporta o sangue do santo está peregrinando por cidades brasileiras.

Na bonita e emocionante celebração, presidida pelo pároco Pe. Renaldo Amauri Lopes, foram realizadas várias encenações, alusivas ao santo italiano, pai dos pobres e aflitos que encontrou na América Latina, mais precisamente no Brasil, seu local de atuação e realização de caridades. A igreja esteve completamente lotada, e do lado de fora várias barracas de alimentação foram montadas para atender os fiéis.

Logo após, o relicário saiu em carreata pelas ruas do bairro, passando em frente as capelas que compõe a paróquia. Muitos saíram para frente de suas casas para saudar a passagem do relicário e receber as bençãos, através do Padre Renaldo.

No final da carreata, o Sacerdote ficou posicionado em frente a capela Nossa Senhora Aparecida para abençoar o grande número de veículos e motos que participaram e abrilhantaram a celebração.

A presença do relicário, com o sangue de São Luiz Orione, marca os 100 anos da congregação Orionita no Brasil.

A relíquia permanecerá na paróquia Nossa Senhora do Carmo até o próximo domingo, 09 de Março, para que todos possam visitá-la e fazer suas orações

Fotos : Reynaldo Felix

São Luis Orione

Luís Orione nasceu em Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da Itália, no dia 23 de junho de1872. Aos treze anos foi recebido como Aspirante num Convento Franciscano em Voghera, uma cidade próxima na Região de Pavia; saiu um ano depois devido adoença. De 1886 a 1889 foi aluno de Dom Bosco no Oratório Salesiano de Valdoccoem Turim.

No dia 16 de outubro de 1889 entrou no Seminário Diocesano de Tortona. Ainda jovem seminarista se dedicava a obras de solidariedade para com os necessitados, participando da «Sociedade de Socorro Mútuo São Marciano» e das Conferências Vicentinas. No dia três de Julho de 1892abriu seu primeiro Oratório, um centro de educação cristã e de recreação para os meninos pobres. No ano seguinte, no dia 15 de Outubro de 1893, Orione um seminarista de 21 anos, fundou no Bairro de São Bernardino um Colégio, com escola em regime de internato, para rapazes de famílias pobres.

No dia 13 de abril de 1895, Luís Orione foi ordenado sacerdote e, no mesmo dia, o bispo deu a batina a seis alunos do Colégio com vocação sacerdotal. Numa seqüência rápida, o Pe. Luís Orione abriu novas fundações em Mornico Losana na Região de Pavia, em Noto na Sicília, em Sanremo e em Roma.

Ligados a Dom Orione se uniram Seminaristas e Padres que formaram o primeiro núcleo de uma nova Família Religiosa a «Pequena Obra da Divina Providência». Em 1899 Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os «Eremitas da Divina Providência». O Bispo de Tortona, Dom Igino Bandi, com Decreto datado de 21 de Março de 1903, deu aprovação canônica aos «Filhos da Divina Providência», Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da Pequena Obra da Divina Providência. A Congregação e toda a Família Religiosa se propunha «trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade», desejando consagrar-se com um IV Voto «de especial fidelidade ao Papa». Já nas Primeiras Constituições de 1904 constava também o propósito de «trabalhar pela união das Igrejas Separadas».

Animado por uma grande paixão pela Igreja e pelas Almas, Dom Orione se envolveu ativamente nos problemas emergente da época: a luta pela liberdade e a unidade da Igreja, a questão romana, o modernismo, o socialismo, a evangelização das massas operárias. Dom Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos terremotos de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915). Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Messina por 3 anos.

Vinte anos depois da fundação dos Filhos da Divina Providência, em 29 de junho de 1915, surgiu como novo ramo a Congregação das «Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade», Religiosas movidas pelo mesmo carisma fundacional. Ao novo ramo se associaram as «Irmãs Sacramentinas Adoradoras não videntes» e algum tempo depois as «Contemplativas de Jesus Crucificado».

O Pe. Luís Orione se empenhou em organizar grupos Leigos: as «Damas da Divina Providência», os «Ex-Alunos» e os «Amigos». Nos anos seguintes, outros grupos foram constituídos como o «Instituto Secular Orionita — ISO» e o amplo leque de Associações do «Movimento Laical Orionita — MLO».

Depois da primeira Grande Guerra (1914-1918) multiplicaram-se as escolas, colégios, colônias agrícolas, obras caritativas e sociais. Entre as muita obras, as mais características foram os «Pequenos Cotolengos», instituições destinadas aos mais sofredores e abandonados,localizadas nas periferias das grandes cidades, para serem «novos púlpitos» aanunciarem Jesus Cristo e sua Igreja e para serem «faróis de fé e de civilização».

O zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de Missionários ao Brasil em 1913 e, em seguida à Argentina e ao Uruguai (1921), à Palestina (1921), à Polônia (1923), a Rodes (1925), aos Estados Unidos (1934), à Inglaterra (1935) e à Albânia (1936). Dom Orioneesteve pessoalmente como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile.

Recebeu grandes demonstrações de estima de Papas e de Autoridades que lhe confiaram missões importantes e delicadas, para sanar feridas profundas no seio da Igreja e da Sociedade e em difíceis situações de relacionamentos entre a Igreja e a Sociedade civil. Foi Dom Orione pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.

Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças decoração e das vias respiratórias foi enviado e praticamente forçado pelos médicos e confrades a se retirar para San Remo; foi para lá protestando: «não é entre as palmeiras que eu quero viver e morrer, mas no meio dos pobres que são Jesus Cristo». E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: «Jesus! Jesus! estou indo».

O corpo foi sepultado devotamente na cripta do Santuário da Guarda e encontrado incólume vinte e cinco anos depois, em 1965.No dia 26 de Outubro de 1980, João Paulo II declarou Dom Orione bem-aventurado,tendo sido canonizado em 16 de maio de 2004 .

Fonte :www.orionitas.com.br

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