Acidigital
Vários hospitais suspenderam programas de “mudança de sexo” para crianças depois que o presidente dos EUA, Donald Trump restringiu a “mutilação química e cirúrgica” de menores.
Na semana passada, Trump, emitiu um decreto restringindo uso de dinheiro do governo federal para drogas e cirurgias de “mudança de sexo” para menores. Os EUA “não vão financiar, patrocinar, promover, ajudar ou apoiar” esses procedimentos, disse Trump.
Entre outras medidas, o decreto determina que toda agência federal do país que ofereça “bolsas de pesquisa ou educacionais” a instituições médicas deve garantir que essas instituições não estejam administrando drogas ou fazendo procedimentos de “mudança de sexo” em menores.
A agência de notícias Associated Press (AP) disse em 30 de janeiro que vários grandes hospitais nos EUA suspenderam algumas dessas práticas médicas seguindo o decreto da Casa Branca.
Segundo a agência de notícias, o Children’s National Hospital em Washington, D.C., “pausou prescrições de bloqueadores de puberdade e terapia hormonal” para jovens que se identificam com o sexo oposto em resposta ao decreto. O hospital não fazia cirurgias.
O sistema de saúde da Virginia Commonwealth University e do Hospital Infantil de Richmond, no Estado da Virgínia, suspendeu drogas e cirurgias de “mudança de sexo” para menores.
O centro médico Denver Health, no Estado do Colorado, também suspendeu “cirurgias de afirmação de gênero”, disse a agência de notícias.
Alguns outros hospitais disseram à AP que continuariam a fazer esses procedimentos por enquanto. O Lurie Children’s Hospital em Chicago, no Estado de Illinois, disse depois do decreto de Trump que estava “avaliando qualquer impacto potencial aos serviços clínicos que oferecemos às famílias de nossos pacientes”.
O decreto da Casa Branca da semana passada também decidiu acabar com o uso do que chama de “ciência lixo”, promovida pela Associação Profissional Mundial para a Saúde Transgênero (WPATH, na sigla em inglês).
Essa organização foi criticada por apoiar o que críticos chamam de “pseudociência” da “mudança de sexo”, com um vazamento interno no ano passado revelando que seus membros admitiram que as crianças são muito novas para entender completamente as consequências dos procedimentos.
Na semana passada, o presidente também emitiu um decreto para acabar com a “ideologia radical de gênero” nas forças armadas do país, revertendo o decreto do ex-presidente dos EUA Joe Biden que permitia que soldados que se identificam com o sexo oposto servissem nas forças armadas do país.
Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.
A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.
O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador”.