No último sábado, (9), celebrou-se os 35 anos da queda do Muro de Berlim, evento no qual são João Paulo II teve um papel importante e que encerrou a Guerra Fria e o comunismo no Leste Europeu com o posterior desaparecimento da União Soviética.
Com a derrota alemã na Segunda Guerra Mundial, o país foi dividido em quatro zonas de ocupação controladas pela França, Reino Unido, Estados Unidos e União Soviética.
A capital Berlim permaneceu dentro da zona soviética, mas também foi dividida em quatro zonas de ocupação.
Em 13 de agosto de 1961, o regime comunista da República Federal da Alemanha iniciou a construção do muro que cercava a parte oriental de Berlim, separando-a da parte ocidental.
O muro esteve de pé até 9 de novembro de 1989. Foi o símbolo mais conhecido da Guerra Fria e da divisão da Alemanha. Não se sabe quantas pessoas morreram tentando cruzar a fronteira através do muro.
O papa polonês escreveu algumas palavras no dia seguinte e que fazem parte da mensagem que enviou aos bispos alemães em 13 de novembro de 1989.
“Nestes dias de profundas mudanças no vosso país, sinto-me muito unido a vós e a toda a população do vosso país na solidariedade cristã. Rezo convosco a Deus para que, com a intercessão da Mãe do Senhor, se concretizem as esperanças da humanidade na justiça, na liberdade e na paz interior e exterior”, afirmou.
“Fazei todo o possível, mesmo que sejais um pequeno rebanho, para renovar a face da terra no vosso país, com a força do Espírito de Deus, junto a todos os homens de boa vontade, unidos sobretudo aos cristãos evangélicos”, acrescentou.
Historicamente reconhecido como um dos principais responsáveis pela queda do muro, são João Paulo II se reuniu em 14 de novembro de 1989 em Roma com os bispos diocesanos da República Federal da Alemanha. A eles, sem nomear o muro, dirigiu palavras inequívocas.
“A situação do mundo de hoje pode se tornar uma nova ocasião para a fé. Não só porque a ideologia marxista hoje claramente se exauriu. Também as ideologias consumistas do Ocidente são sempre mais percebidas pelos jovens, que exigem promessas mais profundas. Se a fé se apresenta sem medo em sua grandeza transparente e pura, melhor se experimenta a verdadeira resposta à sede de uma geração que vive em certo sentido a experiência e a condição de filho pródigo”.
“Sem medo e com coragem, devemos mostrar novamente a novidade e a grandeza da fé! Assim, a fé será o fundamento de alegria e libertação dos crentes. Acima de tudo, encorajem os sacerdotes e diáconos, todos os colaboradores a tempo integral, esses voluntários, a oferecer tal testemunho”, disse são João Paulo II.