Acidigital
No meio do caminho entre Jerusalém e Tel Aviv fica Lod. É a antiga Lidda, onde, segundo os Atos dos Apóstolos, Pedro curou um paralítico. Mas essa cidade é mais conhecida por ter sido o local onde São Jorge viveu e, supostamente, morreu como mártir. Em toda a Palestina e Israel, a devoção a São Jorge é muito popular. O nome “Jorge” é o mais comum entre os cristãos que vivem na Terra Santa. Uma visita à igreja greco-ortodoxa construída sobre as ruínas de sua casa e seu túmulo é uma oportunidade de rezar pelo Papa Francisco por ocasião do dia de seu onomástico.
O receptivo arquimandrita Markellos, de origem grega, mas que foi monge nos Estados Unidos por muitos anos, também é o pároco da pequena comunidade ortodoxa composta principalmente por imigrantes, nessa igreja que é um pequeno tesouro de arte em estilo bizantino. Segundo a tradição, São Jorge nasceu na Capadócia, terra natal de seu pai, mas sua mãe, Polikronia, era de Lidda, e era lá que a família morava. As notícias sobre a vida de São Jorge, que viveu algumas décadas antes de Constantino, são bastante incertas. Mas na cripta da igreja está o sarcófago com seu corpo, que foi aberto pela última vez há cerca de dois séculos”.
Markellos explica: “Considerando a popularidade que São Jorge desfruta em todo o mundo (ele é o santo padroeiro de dezenas de países, incluindo, como é bem notório, a Inglaterra), esse local também mereceria, por sua beleza artística, ser incluído nos itinerários dos muitos peregrinos que vêm à Terra Santa. Saber que o Santo Padre leva originalmente seu nome deixa nossa comunidade orgulhosa. É por isso que estou muito feliz, junto com meus confrades latinos da Custódia, do Patriarcado e da Nunciatura, que hoje vieram de Jerusalém para rezar conosco, pela possibilidade de dizer da casa de São Jorge: “Felicidades, Papa Francisco!”.