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Em suas palavras iniciais à oração do Angelus, o papa Francisco exortou os fiéis, especialmente nos momentos mais tortuosos da vida, a manterem sempre o olhar fixo na luz de Jesus.
O papa Francisco, que ontem (24), suspendeu suas atividades devido a uma leve gripe, dirigiu-se à sacada do Palácio Apostólico para fazer uma breve reflexão aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, antes de rezar a oração mariana.
Nesse sentido, o papa Francisco abordou o Evangelho deste segundo domingo da Quaresma, que apresenta o episódio da Transfiguração de Jesus.
“Depois de anunciar sua Paixão aos discípulos”, lembrou o Papa, “Jesus leva consigo Pedro, Tiago e João, sobe um alto monte e ali se manifesta fisicamente com toda a sua luz “.
Francisco explicou que, dessa forma, Cristo revela a seus apóstolos “o sentido do que tinham vivido juntos até aquele momento. A pregação do Reino, o perdão dos pecados, as curas e os sinais realizados eram, de fato, centelhas de uma luz ainda maior: “a luz de Jesus, a luz que é Jesus”
E desta luz”, destacou, “os discípulos não devem nunca mais desviar os olhos, especialmente em tempos de provação, como os que agora se aproximam com a Paixão”.
“Aqui está a mensagem: não tirem nunca os olhos da luz de Jesus. Um pouco como faziam os camponeses de antigamente que, ao arar os campos, fixavam o olhar em um ponto preciso à sua frente e, mantendo os olhos fixos na meta, traçavam sulcos retos”, explicou.
O Papa Francisco reiterou aos fiéis que “é isso que os cristãos são chamados a fazer no caminho da vida: “ter sempre diante dos olhos o rosto luminoso de Cristo”.
Depois de exortar novamente a se abrir à luz de Cristo, o papa garantiu que “Ele é amor e vida sem fim”. Por isso, “ao longo das trilhas da existência, às vezes tortuosas, busquemos sua face, repleta de misericórdia, de fidelidade e de esperança”.
Francisco disse que “a oração, a escuta da Palavra, os sacramentos especialmente a Confissão e a Eucaristia”, auxiliam “neste percurso”.
“Eis um bom propósito para a Quaresma: cultivar olhares atentos, tornar-se ‘exploradores de luz’, exploradores da luz de Jesus na oração e nas pessoas”, afirmou.
Ao final, Francisco convidou os fiéis a se perguntarem: “Em meu caminho, mantenho os olhos fixos em Cristo que me acompanha? E para fazê-lo, dou espaço ao silêncio, à oração, à adoração? Por fim, busco cada pequeno raio da luz de Jesus, que se reflete em mim e em cada irmão e irmã que encontro? E me lembro de agradecê-lo por isso?”.“Maria, resplandecente da luz de Deus, nos ajude a manter o olhar fixo em Jesus e a nos olharmos mutuamente com confiança e amor”, concluiu o papa Francisco antes de iniciar a oração do Angelus.