Acidigital
A Igreja celebra hoje (9), a memória litúrgica de um dos primeiros evangelizadores do Brasil, são José de Anchieta, que pela sua importância na introdução do cristianismo no país é conhecido como apóstolo do Brasil.
José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534 em San Cristóbal de La Laguna (Tenerife). Com apenas 14 anos ingressou ao Colégio de Artes da Universidade de Coimbra, destacado como um dos melhores alunos e como um grande poeta.
Aos 17 anos, enquanto rezava diante de uma imagem de Nossa Senhora, compreendeu a missão que o aguardava. No dia 1º de maio de 1551, ingressou na Companhia de Jesus e começou seus estudos de Filosofia. Conhecido por compor versos latinos com muita facilidade, ficou conhecido como o “Canário de Coimbra”.
Em 1553, devido a uma doença, mudou-se de Tejo (Lisboa) ao Brasil. Chegou como missionário à Bahia e logo deu início ao seu trabalho de catequese com os índios. Anchieta adentrou pelo território, aprendeu a língua tupi, catequisou e ensinou latim aos índios, ao mesmo tempo em que lhes ensinava noções de higiene, medicina, música e literatura. Esta experiência com os povos nativos lhe permitiu escrever a primeira gramática tupi-guarani.
No dia da comemoração de São Paulo – 25 de janeiro – no ano de 1555, inaugurou o colégio que ajudou a construir no planalto de Piratininga, na capitania de São Vicente. Ali, no pátio do colégio jesuíta foi onde se fundou a atual cidade de São Paulo.
Em 1565, foi enviado ao Rio do Janeiro, onde colaborou na construção de um colégio e do primeiro hospital da cidade, conhecido como “A Casa da Misericórdia”. Logo, foi ordenado sacerdote.
Voltou a São Vicente e durante um período de seis anos colaborou no colégio, além de realizar um importante trabalho apostólico e literário. Entre 1577 e 1587, foi designado superior dos jesuítas no Brasil, incentivando ainda mais o trabalho nas escolas e a catequese com as crianças.
Anchieta viajou por todo o país orientando os trabalhos missionários, como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, entre outros. Fiel à doutrina e à sua congregação, era um homem dócil ao Espírito Santo e se consumiu por inteiro em sua missão.
Faleceu no dia 9 de junho de 1597, aos 63 anos, na vila de Reritiba, atual cidade de Anchieta, no Espírito Santo. No dia 10 de agosto de 1736, o papa Clemente XII o declarou venerável. Foi beatificado pelo papa João Paulo II no dia 22 de junho de 1980.
O papa Francisco, no dia 3 de abril de 2014, no uso de suas faculdades de Sumo Pontífice da Igreja Católica, dispensou o milagre e inscreveu José de Anchieta no Livro dos Santos, estendendo o culto do jesuíta à Igreja universal.
Durante a 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em abril de 2015, são José de Anchieta foi declarado copadroeiro do Brasil.