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Na véspera de sua viagem apostólica à Hungria, na quinta-feira (27), o papa Francisco receberá o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, em audiência no Vaticano.
Na quinta-feira, Shmyhal e sua delegação têm sua chegada ao Vaticano prevista para as 8h45 (hora local), no pátio de São Dâmaso. O encontro com o papa será no Salão da Biblioteca na Terceira Logia do Palácio Apostólico, informa a Sala de Imprensa da Santa Sé.
Este é o segundo encontro no Vaticano entre o papa e o primeiro-ministro ucraniano. O primeiro foi em 25 de março de 2021.
O papa Francisco fez vários apelos aos responsáveis pelas nações, para que assumam um compromisso concreto de acabar com o conflito, chegar a um cessar-fogo e iniciar negociações de paz. Os mesmos argumentos estarão no centro da viagem apostólica do papa a Budapeste (de 28 a 30 de abril) e do diálogo com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.
No final da oração do Regina Caeli no domingo (23), o papa confiou a sua próxima viagem apostólica à oração dos fiéis.
Será uma visita de três dias ao centro da Europa, “sobre a qual os ventos gelados da guerra continuam a soprar, enquanto a deslocação de tantas pessoas coloca na ordem do dia questões humanitárias urgentes”, disse.
Em 24 de fevereiro, o papa recordou “o triste aniversário” da guerra na Ucrânia, assim como “o saldo de mortos, feridos, refugiados e deslocados, prejuízos econômicos e sociais, que falam por si”.
Em março de 2022, ele consagrou a Ucrânia e a Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Em 23 de março de 2023, Francisco falou a “cada crente e comunidade, especialmente aos grupos de oração”, pedindo para que “renovassem a cada 25 de março o Ato de Consagração a Nossa Senhora, para que ela, que é Mãe, possa nos guardar na unidade e na paz”.
“Infelizmente, apesar de todos os esforços do Santo Padre e da Santa Sé, ainda não se abriu um vislumbre de esperança útil para facilitar uma mediação de paz entre a Rússia e a Ucrânia”, disse dom Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados, em viagem a Liechtenstein em 24 de abril de 2023. “A Santa Sé apoia uma diplomacia que deve redescobrir seu papel de portadora da solidariedade entre as pessoas e os povos como alternativa às armas, à violência e ao terror. Uma diplomacia que se torna portadora de diálogo, cooperação e reconciliação”.
O papa escreveu no Twitter: “Usar as armas para resolver os conflitos é sinal de fraqueza e de fragilidade. Negociar, proceder na mediação e iniciar a conciliação requer coragem. #Paz”. (@Pontifex_pt) 24 de abril de 2023.