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A ‘lógica do mérito’ não nos dá o Céu, diz papa Francisco

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O papa Francisco falou na quarta-feira (9) da necessidade de superar a “lógica do mérito” para ser um seguidor comprometido de Jesus Cristo e confiar mais no amor gratuito de Deus.

Continuando sua série de catequese jubilar “Jesus Cristo, nossa esperança”, sobre a vida de Jesus, o papa escreveu uma reflexão sobre o capítulo décimo do Evangelho de são Marcos, em que Jesus encontra um jovem rico com um “belo currículo” de boas ações.

“Trata-se de um homem que desde jovem guardou os mandamentos, mas que, apesar disso, ainda não encontrou o sentido da sua vida”, escreveu o papa em sua catequese de hoje. “Talvez seja alguém que não se tenha decidido totalmente, apesar da aparência de pessoa empenhada”.

Dizendo que a “vida eterna” não é “algo que se obtém por direito” ou “através da observância meticulosa dos compromissos”, o papa Francisco enfatizou que um relacionamento amoroso com Deus e com os outros é a chave para uma vida feliz e gratificante na terra e também no Céu.

“Para além, de fato, das coisas que fazemos, dos sacrifícios ou dos sucessos, o que conta realmente para ser feliz é o que trazemos no coração”, disse o papa.

Em sua catequese, o papa convidou os leitores a considerar o amor de Deus como um dom que Ele deseja dividir com os outros e não só como uma recompensa que Ele dá aos que fazem boas obras.

“O amor de Jesus é gratuito: exatamente o contrário da lógica do mérito que atormentava essa pessoa. Somos verdadeiramente felizes quando nos damos conta de que somos amados assim, gratuitamente, pela graça”.

“Isso vale também nas relações entre nós: enquanto procurarmos comprar o amor ou mendigar o afeto, essas relações nunca nos farão sentir felizes”, disse também Francisco.

Para que “nosso coração seja mais livre” para aceitar a proposta de Jesus de segui-Lo, o papa disse ser necessário olhar para dentro de nossos corações e entregar nossas feridas e fraquezas ao Deus que quer nos curar.

“Talvez hoje, precisamente porque vivemos numa cultura da autossuficiência e do individualismo, nos descobrimos mais infelizes, porque já não ouvimos pronunciar o nosso nome por alguém que nos quer bem gratuitamente”, disse Francisco em sua catequese.

Observando a tristeza do jovem que recusou a oferta de Jesus para ser seu discípulo e segui-lo, o papa Francisco disse estar ciente de que “o que por vezes pensamos que sejam riquezas” pode só ser “fardos que estão nos impedindo”.

O papa concluiu a catequese de hoje com uma oração, confiando “todas as pessoas tristes e indecisas” ao Coração de Jesus “para que possam sentir o olhar amoroso do Senhor”.

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