Acidigital
“Encorajo os governantes de países de tradições cristãs a darem um bom exemplo cancelando ou reduzindo o máximo possível as dívidas dos países mais pobres”, disse o papa Francisco na oração do Ângelus de hoje (1º), primeiro dia de 2025.
“O primeiro a perdoar as ofensas é Deus, como sempre Lhe pedimos rezando o ‘Pai-Nosso’”, disse Francisco aos cerca de 30 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro para a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. “E o Jubileu pede para traduzir esta remissão no âmbito social, para que nenhuma pessoa, nenhuma família, nenhum povo seja sufocado pelas dívidas”, acrescentou.
Poderoso apelo pela paz em meio a conflitos globais
Falando sobre os conflitos globais, Francisco manifestou gratidão por aqueles que trabalham em prol do diálogo e das negociações em zonas de guerra. Ele mencionou especificamente Ucrânia, Gaza, Israel, Mianmar e Kivu, uma região no leste da República Democrática do Congo que sofreu com violência e instabilidade prolongadas.
“Irmãos e irmãs, a guerra destrói. Destrói sempre! A guerra é sempre uma derrota. Sempre”, disse o papa.
O papa comentou a leitura do Evangelho do dia em Lc 2, 16-21, que narra a chegada dos pastores à gruta de Belém. Ele chamou a atenção tanto para o que os pastores viram — o menino Jesus, cujo nome em hebraico significa “Deus salva” — quanto para o que permaneceu invisível: o coração de Maria que “guardava e meditava todos esses fatos”.
“Deus escolheu nascer por nós”, disse Francisco. “O Senhor veio ao mundo para nos dar sua própria vida”. Ele relacionou essa escolha divina ao que chamou de “a esperança de redenção e salvação” que bate no coração maternal de Maria por toda a criação.
Antes da oração do Ângelus, na homilia da missa da Solenidade de Maria Mãe de Deus, celebrada na Basílica de São Pedro, o papa implorou pela paz e pela proteção da vida humana, pedindo “um firme compromisso para promover o respeito pela dignidade da vida humana, desde a concepção até a morte natural”.