Acidigital
Nesta quinta-feira (17/10), a Arquidiocese de São Salvador da Bahia deu mais um passo no processo que pode levar a Madre Vitória da Encarnação à honra dos altares: todos os documentos recolhidos durante a fase arquidiocesana, encerrada em setembro deste ano, foi entregue ao Dicastério das Causas dos Santos, no Vaticano, pelo postulador da causa de beatificação e canonização da Serva de Deus Vitória da Encarnação, frei Jociel Gomes, dando assim início à fase romana.
Monja clarissa, Madre Vitória da Encarnação destacou-se por sua vida de oração, piedade e caridade. Tendo vivido no território da Arquidiocese de São Salvador (1661-1715), ela morava no Mosteiro do Desterro, o primeiro mosteiro de enclausuradas do Brasil, das filhas de Santa Clara de Assis. Primeira mulher com fama de santidade na Bahia
Tendo, portanto, vivido entre os séculos XVII e XVIII, sua causa de beatificação e canonização é histórica e entre os historiadores afirma-se que ela foi a primeira mulher com fama de santidade na Bahia.
Sua primeira biografia foi publicada em Roma por dom Sebastião Monteiro da Vide no ano de 1720. Ele pretendia prosseguir com o Processo de Canonização, mas faleceu antes. O tempo foi passando, contudo, a fama de santidade permaneceu a ponto de, em 2019, o então arcebispo dom Murilo Krieger abrir oficialmente a causa, tendo obtido o Nihil Obstat do Dicastério das Causas dos Santos.
Comissão Histórica e grupo “Amigos da Madre Vitória”
A Comissão Histórica trabalhou com afinco, nestes anos, na busca de documentos e informações sobre a Serva de Deus, enquanto o grupo “Amigos da Madre Vitória” continua divulgando as virtudes da Madre e trabalhando para ver mais uma santa da Bahia nos altares, juntando-se a Santa Dulce dos pobres e à Beata Lindalva Oliveira.
A causa de Madre Vitória é de autoria da Arquidiocese de Salvador, em comunhão com a Federação das Clarissas dos Brasil e as Irmãs Franciscanas do Coração de Jesus, e está sob a condução do postulador frei Jociel Gomes, OFMCap.