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A verdadeira riqueza é ser amado por Deus, diz o papa Francisco no Ângelus

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O papa Francisco introduziu a oração do Ângelus dominical de hoje (12) com uma reflexão sobre um tema do capítulo 10 do Evangelho segundo São Marcos: seguir Cristo deixando todos os bens.

O Papa Francisco sublinha a atitude do homem convidado por Cristo a segui-lo: “No início corre, para ir ter com Jesus; no final, porém, ele vai embora triste. Primeiro ele corre em sua direção e depois vai embora. Vamos nos concentrar nisso. Primeiro de tudo, esse sujeito corre para Jesus. É como se algo em seu coração o empurrasse: na verdade, apesar de ter tantas riquezas, ele está insatisfeito, carrega dentro de si uma inquietação, busca uma vida mais plena. Como costumam fazer os doentes e os possessos, ele se joga aos pés do Mestre; ele é rico, mas precisa de cura.” Jesus, então, “olha para ele com amor” e “oferece-lhe uma “terapia”: vender tudo o que tem, dar aos pobres e segui-lo”.

 “Aquele homem fica triste e vai embora”, continua o papa. “O desejo de encontrar Jesus foi tão grande e impetuoso quanto a despedida Dele foi fria e rápida.”

“Também nós carregamos no coração uma necessidade irreprimível de felicidade e de uma vida cheia de sentido; no entanto, podemos cair na ilusão de pensar que a resposta está na posse de coisas materiais e de seguranças terrenas”.

O Papa disse aos fiéis presentes que “Jesus quer reconduzir-nos à verdade dos nossos desejos e fazer-nos descobrir que, na realidade, o bem que almejamos é o próprio Deus, o seu amor por nós e a vida eterna que Ele, e só Ele pode nos dar. A verdadeira riqueza é sermos olhados com amor por Ele, como Jesus faz com aquele homem, e amar uns aos outros fazendo da nossa vida um dom para os outros”. Nesse gesto de despojar-se de bens há, segundo o Papa Francisco, um “arriscar o amor”. “Vender tudo para dar aos pobres” significa sobretudo “despojar-nos de nós mesmos e das nossas falsas seguranças, prestar atenção aos necessitados e partilhar os nossos bens, não apenas as coisas, mas o que somos: os nossos talentos, a nossa amizade, nosso tempo”.

Por fim, exortou os fiéis a se perguntar: «A que está apegado o nosso coração? Como saciamos nossa fome de vida e felicidade? Sabemos partilhar com quem é pobre, com quem está em dificuldade ou que precisa de um pouco de escuta, de um sorriso, de uma palavra que os ajude a reencontrar a esperança?”

Depois da oração do Angelus, o papa pediu mais uma vez o dom da paz, especialmente para o Médio Oriente: “um cessar-fogo imediato”. O papa disse esperar que “os caminhos da diplomacia sejam seguidos”. “A guerra é uma ilusão, uma derrota principalmente para aqueles que se acreditam invencíveis”. Francisco recordou a guerra na Ucrânia e o Haiti “onde continua a violência contra a população”. O Pontífice também expressou preocupação com Mianmar.

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