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O arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito Guimarães, pediu “todo esforço do poder público municipal para que o valor da vida e da família sejam salvaguardados de todas as ideologias políticas da atualidade” em carta sobre as eleições municipais de 6 de outubro próximo.
A carta, que visa “trazer luzes a todos os candidatos” a vereador e prefeito, foi entregue aos candidatos presentes no dia 17 de agosto no seminário: “A Política Melhor”, realizado pela arquidiocese de Palmas. “Política melhor” é um termo cunhado pelo papa Francisco em sua encíclica Fratelli tutti.
A “Igreja Católica é contrária a qualquer proposta que atente contra a dignidade humana e disse que as “linhas de ensino como linguagem neutra, ideologia de gênero e relativização da fé devem ser rejeitados tendo em vista a lei natural e a dignidade do ser humano”, disse o arcebispo na carta. “É dever da família ensinar e semear valores aos seus filhos, cabendo à escola a missão de ensinar conteúdos que são apenas de competência escolar”.Dom Brito Guimarães também pediu que “a disciplina de ensino religioso, obrigatória para as instituições de ensino público e facultativa para o aluno, sejam ministradas em modo confessional como previsto no Acordo Brasil-Santa Sé e reconhecido como constitucional pelo STF”, destacou.
Para o arcebispo, é importante “que o direito de assistência religiosa já previsto em lei seja assegurado a todos os pacientes que estiverem assistidos pelo poder municipal em suas diversas dependências sem a criação de embaraços que limitam o direito constitucional à assistência religiosa”.
“O político, independente de suas crenças ou descrenças pessoais, é aquele homem ou mulher chamado para ordenar a vida social, pautado na prática da caridade e em vista dos ditames do bem comum”, diz a carta. “Tenham a pessoa humana como centro de seus esforços, que pautem suas vidas pelos princípios da justiça, solidariedade e paz; que respeitem a dignidade de todo ser humano, obra da criação divina, e promovam o seu desenvolvimento integral que sejam pessoas integras, transparentes, homens e mulheres de diálogo e construtores de consensos, bem como pessoas de reta razão”.