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Na Eucaristia, Jesus se oferece pela vida do mundo, disse o papa Francisco hoje (2) depois da oração do ângelus no Palácio Apostólico, no Vaticano, na solenidade de Corpus Christi, celebrada hoje em países como a Itália e os EUA.
A solenidade de Corpus Christi, que significa o “Corpo de Cristo” em latim, é tradicionalmente celebrada na quinta-feira seguinte ao Domingo da Santíssima Trindade ou, em alguns países, no domingo seguinte a essa solenidade. A solenidade é uma oportunidade para a Igreja se concentrar na presença real de Jesus na Eucaristia.
Ao falar a uma multidão amontoada sob guarda-chuvas coloridos na tarde chuvosa de hoje (2) em Roma, o papa destacou que o Corpo e o Sangue de Cristo oferecidos em cada missa são um presente de Deus.
“É Ele quem se dá por toda a humanidade e se oferece pela vida do mundo”, disse o papa.“Lembremo-nos disto: Jesus fez um presente de toda a Sua vida”, acrescentou.
O papa Francisco disse que, assim como Jesus “não guardou a Sua vida para si, mas a deu a nós”, os cristãos também são chamados a fazer da sua vida um presente aos outros.
” ‘Nossa participação no Corpo e no Sangue de Cristo não faz senão transformar-nos naquilo que tomamos’ “(Sermão XII sobre a Paixão do Senhor, 7 ), disse Francisco ao citar o papa são Leão Magno.”É para isso, irmãos e irmãs, que somos chamados, a tornar-se o que comemos, tornar-se ‘eucarísticos’, isto é, tornar-se pessoas que já não vivem para si (cf. Rm 14:7), na lógica da posse e do consumo, mas que sabem fazer da sua vida um dom para os outros”, acrescentou o papa.
“Entendamos, pois, que celebrar a Eucaristia e comer este Pão, como fazemos especialmente aos domingos, não é um ato de culto desligado da vida ou um mero momento de consolo pessoal; devemos sempre lembrar que Jesus pegou o pão, partiu-o e deu-o a eles e, portanto, a comunhão com Ele nos torna capazes de também nos tornarmos pão partido para os outros, de compartilhar o que somos e o que temos”, disse o papa.
Depois de abençoar a multidão, o papa Francisco pediu às pessoas que continuem a rezar pelos que sofrem na Ucrânia, na Palestina, em Israel e em Mianmar, exortando aos líderes para “parar a escalada e fazer todos os esforços para o diálogo e a negociação”.
O papa também pediu orações pelo país africano do Sudão, onde uma guerra civil deslocou milhões de pessoas desde o início do conflito no ano passado.
“Que as armas silenciem e, com o empenho das autoridades locais e da comunidade internacional, que a ajuda seja levada à população e aos muitos deslocados; que os refugiados sudaneses encontrem acolhimento e proteção nos países vizinhos”, disse Francisco.
