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Dois eventos anuais pró-vida, o Walk for Life West Coast em São Francisco e o OneLife LA em Los Angeles no sábado, 20 de janeiro juntaram multidões em apoio à santidade da vida humana, apesar da chuva. A EWTN, grupo de comunicação católico a que pertence ACI Digital transmitiu os dois eventos ao vivo.
O evento de São Francisco, que celebrou seu 20º ano, é organizado e tem participação majoritária de católicos, liderados pelo arcebispo de São Francisco, dom Salvatore Cordileone. O evento de Los Angeles está em seu décimo ano e é organizado pela arquidiocese de Los Angeles. O arcebispo dom Jose Gomez e outros bispos, padres e religiosos da Califórnia participaram atraindo milhares de defensores da vida.
Dom Cordileone deu início à West Coast Walk for Life (Caminhada pela Vida na Costa Oeste) com uma missa na catedral de santa Maria, seguida de uma campanha de conscientização chamada “Silent No More” (Calaados Nunca Mais), com palestrantes afetados pelo drama do aborto; uma reunião com palestrantes pró-vida como Lila Rose, da Live Action; e uma caminhada de quase três quilômetros pela Market Street até o Embarcadero Plaza.
Em sua homilia, o arcebispo de São Francisco lamentou: “Parece que nosso estado da Califórnia está em uma onda de assassinatos contra a vida no ventre materno, com as mulheres mais pobres presas no processo, presas com recursos insuficientes para tomar uma decisão a favor da vida e ter acesso aos cuidados médicos e ao apoio emocional e material de que precisam para cuidar dessa nova vida”.
O bispo então agradeceu aos pró-vida presentes por seu apoio às mulheres que enfrentam gestações de crise e continuou: “Quando se mostra a face de Jesus Cristo a essas nossas irmãs e irmãos em um encontro de caridade cristã, Ele fará novas todas as coisas para eles e poderão começar a reconstruir suas vidas”. O arcebispo de São Francisco enfatizou que a chave para o avanço da causa pró-vida e a reconstrução da sociedade e a promoção do Evangelho na igreja é reavivar a confiança cristã no matrimônio e na família: “Não podemos dizer que somos pró-vida a menos que abracemos todo o plano de Deus, o que significa abraçar Seu plano para o matrimônio. Se o senso comum não for suficiente, temos mais de 50 anos de pesquisas científicas sociais consistentes que nos mostram que muitos dos males sociais que vivemos hoje, como a pobreza desenfreada, a falta de moradia, a violência armada, o encarceramento são consequência da fragmentação da família e, em especial, da falta do pai. Essa é a raiz do problema, o que significa que o matrimônio, como Deus o criou é a raiz da solução”.
“Sejam verdadeiramente pró-vida, sendo parte da solução, não parte do problema”, disse o arcebispo aos jovens. “Sejam a solução: casem-se, permaneçam casados e não tenham filhos até que estejam casados, o que significa não fazer coisas que tragam filhos ao mundo até que estejam casados”.
“Simplesmente não há como ter uma sociedade saudável sem uma cultura matrimonial viva; a evangelização da cultura não é nem mesmo possível sem uma cultura matrimonial saudável, já que a aliança de Deus com seu povo é uma aliança matrimonial”.
“Em uma sociedade onde o casamento é desvalorizado e até mesmo ridicularizado, não é de se admirar que o fruto do matrimônio, os filhos, também sejam desvalorizados, descartados e vítimas do que o papa Francisco chama de ‘cultura do descarte’?”
Caminhada pela Vida na Costa Oeste
Na marcha de São Francisco estava Anna Halsey, formada em 2021 pela Universidade Franciscana de Steubenville, quem destacou que muitos jovens adultos de sua paróquia, são Domingos, em Francisco, participaram. Foi ótimo”, disse. “É lindo ver um testemunho pró-vida tão forte”.
Amber Charles, gerente de formação do The Culture Project, caminhou com quatro missionários do apostolado católico. Foi a primeira vez que a moradora de Dallas participou da caminhada. “Embora o dia estivesse chuvoso, isso não abalou nosso ânimo”, disse ela ao jornal National Catholic Register, da EWTN. “Foi uma bela caminhada e muitas pessoas participaram”.
Robert Byrd atua como coordenador executivo da Pro-Life San Francisco, uma organização pró-vida secular, apartidária e sem fins lucrativos. Ele e Melanie Salazar, diretora executiva da Pro-Life San Francisco, lideraram um grupo de participantes e montaram um stand na feira de informações do evento. Ele disse que a chuva forte tornou o evento deste ano um desafio, mas disse: “É sempre um bom momento para passar um tempo com amigos que reconhecem o valor de cada vida humana e conhecem a verdade sobre o que é o aborto”.
Salazar disse que estava feliz de participar “para lembrar as crianças mortas pelo aborto a cada ano, comemorar o sucesso que o movimento pró-vida alcançou e desfrutar da camaradagem de pessoas pró-vida que pensam da mesma forma”.
Lisa Hamrick também é paroquiana da igreja de são Domingos e organizou a marcha desde seu início, em 2004. Ela ficou maravilhada com o crescimento da marcha, observando que o primeiro ano começou com 7,5 mil participantes.
Naquela ocasião, também havia cerca de três mil manifestantes contra a vida.
“Os manifestantes estavam furiosos, gritando, xingando e fazendo tudo o que podiam para nos atrapalhar, enquanto nosso lado estava feliz, pacífico e em oração”, lembrou. “Você podia realmente ver a diferença”.