Acidigital
Uma das amigas mais próximas do papa são João Paulo II, Wanda Półtawska, morreu ontem (24), com quase 102 anos. Durante anos, ela foi membro e consultora dos dicastérios da Santa Sé ligados à defesa da vida e da família.
Nascida na Polônia em novembro de 1921, Wanda Wojtasik – seu nome de solteira – testemunhou a ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial, tal como Karol Wojtyla, o futuro são João Paulo II.
Naqueles anos, Wanda fazia parte da resistência polonesa e frequentava círculos estudantis católicos.
No entanto, ela foi capturada pela Gestapo em 17 de fevereiro de 1941 e internada no Castelo de Lublin. Em 21 de novembro, foi enviada para o campo de concentração de Ravensbrück, onde foi usada para experimentos científicos que lhe causaram sequelas para toda a vida. Depois, foi transferida para o campo de Neustadt-Glewe, de onde foi libertada em 7 de maio de 1945, após a vitória dos aliados.
Ela contou sobre os sofrimentos que passou no campo de Ravensbrück em seu livro ‘Tenho medo dos meus sonhos’.
Segundo informou hoje (25) a edição polonesa de Vatican News, a amizade com o padre Karol Wojtyla nasceu em 1950 e desde então colaborou com ele, uma assistência que continuou durante o pontificado de João Paulo II.
Formou-se em Medicina em 1951 e obteve o doutorado em Psiquiatria em 1964. Wanda Półtawska organizou o Instituto de Teologia da Família em 1967 na Pontifícia Faculdade de Teologia de Cracóvia, que dirigiu durante 33 anos.
Durante o papado de são João Paulo II foi nomeada membro do Pontifício Conselho para a Família e da Pontifícia Academia para a Vida, bem como consultora do Pontifício Conselho para os Operadores de Saúde.