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Papa Francisco pede uma Igreja que encontre sua alegria em evangelizar

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Acidigital

Na Solenidade de São Pedro e São Paulo, o papa Francisco convidou a seguir o exemplo dos “dois pilares da fé da Igreja” para ter uma Igreja que encontre a sua alegria em evangelizar. No Brasil, a solenidade foi transferida para o próximo domingo, 2 de julho.

O papa Francisco não entrou na basílica com a procissão, mas antes, em cadeira de rodas e esperou sentado em um lado do altar da Cátedra.

“É bom crescer como Igreja do seguimento, como Igreja humilde que nunca dá por terminada a busca do Senhor, tornando-se simultaneamente uma Igreja extrovertida, que encontra a sua alegria, não nas coisas do mundo, mas no anúncio do Evangelho ao mundo a fim de semear no coração das pessoas a inquietação de Deus”, disse ele durante sua homilia de hoje, 29 de junho, na basílica do Vaticano.

Após o rito da bênção dos Pálios, o papa Francisco rezou a missa com os cardeais, os arcebispos metropolitanos e com os bispos, padres.

Na sua homilia citou a pergunta que Jesus fez aos seus discípulos: “Vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16,15). “Esta é a pergunta fundamental, a mais importante: Quem é Jesus para mim? Quem é Jesus na minha vida?”

Segundo o papa, Pedro nos diz que, “à pergunta ‘quem é Jesus para mim’, não basta responder com uma fórmula doutrinal impecável nem mesmo com uma ideia que formamos duma vez por todas”.

Francisco falou sobre “algumas desculpas” que são “disfarçadas de espiritualidade, como quando se diz ‘não sou digno’, ‘não sou capaz’, ‘que posso fazer eu?’”.

Para o papa, “trata-se de artimanhas do diabo, que nos rouba a confiança na graça de Deus, fazendo-nos crer que tudo depende das nossas capacidades”.

Outro exemplo é o do Apóstolo dos Gentios. São Paulo nos diz que “à pergunta ‘quem é Jesus para mim’, não se responde com uma religiosidade intimista, que nos deixa tranquilos sem fomentar em nós a inquietação de levar o Evangelho aos outros”, disse o papa Francisco.

“O Apóstolo ensina que crescemos na fé e no conhecimento do mistério de Cristo, quanto mais formos seus arautos e testemunhas. E isto acontece sempre: quando evangelizamos, somos evangelizados”.

Segundo o papa, a Igreja “precisa anunciar, como necessita de oxigênio para respirar”. “Não pode viver sem transmitir o abraço do amor de Deus e a alegria do Evangelho”.

Quando alguns dos arcebispos receberam o pálio, sinal da comunhão com a Igreja de Roma, o papa Francisco disse: “Sejam apóstolos como Pedro e Paulo”. “Levem o Senhor Jesus a todos os lugares, com humildade e alegria”.

Desta missa também participaram alguns cardeais residentes em Roma e uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, aos quais o papa disse: “Avancemos juntos, avancemos juntos, seguindo e anunciando a Palavra, crescendo em fraternidade”.

O pálio

O pálio do arcebispo é a insígnia exclusiva dos arcebispos residenciais ou metropolitanos e recorda a unidade com o sucessor de Pedro.

O pálio do arcebispo é a insígnia exclusiva dos arcebispos residenciais ou metropolitanos e recorda a unidade com o sucessor de Pedro.

A lã significa a dureza da repreensão aos rebeldes; a cor branca, benevolência para com os humildes e penitentes.

Possui quatro cruzes localizadas na frente e atrás, à direita e à esquerda, o que significa que o bispo deve ter vida, ciência, doutrina e poder. Relaciona-se também com as quatro virtudes cardeais: prudência, fortaleza, temperança e justiça. São da cor púrpura por causa da fé na Paixão de Cristo.

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