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Uma semana após se encontrar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o papa Francisco exortou a “não nos acostumarmos com a guerra” ao rezar pela paz na Ucrânia e no Sudão.
Em seu discurso no Regina Coeli de hoje (21), o papa pediu ao povo que “continuasse ao lado do maltratado povo da Ucrânia” mais de um ano após a invasão pela Rússia.
Ontem (20), o papa confiou uma missão de paz ao cardeal Matteo Zuppi em nome do Vaticano para tentar ajudar a dar fim à guerra na Ucrânia.
O papa Francisco também rezou pela paz no Sudão, onde confrontos entre as forças armadas do país e uma coalizão de forças mataram centenas e provocaram o deslocamento de quase um milhão de pessoas.
“É triste, a situação continua grave um mês após o início da violência no Sudão”, disse o papa.
O papa saudou os “acordos parciais” feitos entre as partes em guerra do país um dia após terem assinado um cessar-fogo de sete dias.
“Renovo um sincero apelo à deposição de armas e exorto a comunidade internacional a não poupar esforços para fazer prevalecer o diálogo e aliviar o sofrimento do povo”, disse o Papa Francisco.
“Por favor, não nos acostumemos com conflitos e violência. Não devemos nos acostumar com a guerra!”
Em sua breve meditação espiritual, o papa Francisco falou sobre o poder da oração intercessória com um lembrete de que o próprio Jesus está no céu intercedendo por nós diante do Pai.
O papa observou que muitos países, incluindo a Itália e o Brasil, celebram a solenidade da Ascensão do Senhor neste domingo.
“Por que estamos comemorando? Porque com a Ascensão aconteceu algo novo e belo: Jesus levou a nossa humanidade para o céu… isto é, para Deus”, disse.
Ao citar são Gregório de Nissa, bispo do século IV, o papa disse: “ ‘Que notícias esplêndidas! Aquele que se fez homem por nós… para nos fazer seus irmãos, apresenta-se como homem diante do Pai para levar consigo todos os que se unem a ele’ ”.
“O que Jesus faz no céu? Ele está ao nosso lado diante do Pai, mostrando-lhe continuamente a nossa humanidade, mostrando-lhe as suas chagas. Gosto de pensar que Jesus, diante do Pai, reza assim, mostrando-lhe as suas chagas. … Mostra-lhe o preço da redenção e o Pai comove-se. Isso é algo em que gosto de pensar”, disse o papa.
Ao final de seu discurso no Regina Coeli, o papa Francisco destacou o Dia Mundial das Comunicações Sociais ao agradecer aos jornalistas e incentivá-los a trabalhar sempre “a serviço da verdade e do bem comum”.
O papa também cumprimentou grupos pró-vida um dia após a “Marcha pela Vida” nacional da Itália e destacou o início da Semana Laudato si’ de 21 a 28 de maio. O papa Francisco pediu às pessoas que usem suas habilidades e criatividade para fazer algo para “cuidar de nossa casa comum”.
Peregrinos reunidos na praça de São Pedro vindos do Mali, da Argentina, de Malta e de muitos outros países receberam livretos Laudato si’ do Vaticano, que foram impressos em colaboração com o Instituto Ambiental de Estocolmo, na Suécia.
Uma banda marcial de Porto Rico tocou música na praça de São Pedro no final da audiência e um grande grupo de jovens vestindo bonés de beisebol vermelhos da arquidiocese de Gênova aplaudiram ruidosamente quando o papa mencionou sua visita ao Vaticano.
“Desejo a todos um bom domingo. Por favor, não se esqueçam de orar por mim. Por favor, não se esqueçam”, disse o papa.
